A partir do próximo mês, os trabalhadores vão poder sacar até R$ 500 de cada conta ativa ou inativa do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A previsão do governo é que a medida libere R$ 28 bilhões este ano, e ajude a movimentar a economia do país.
Só uma pequena fatia desses recursos, no entanto, deve chegar de fato ao comércio e aos serviços. Segundo uma pesquisa feita pela XP Investimentos em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), 41% dos beneficiados pretendem usar o dinheiro para pagar dívidas. Outros 26% pretendem investir na poupança ou em outra aplicação, e 10% não pretendem sacar os recursos.
Destino do dinheiro dos saques de até R$ 500 do FGTS
Pesquisa mostrou que fatia pequena deve ir para o comércio
Pagar dívidas: 41Investir: 26Comprar bem ou serviço: 10Não vai sacar: 8Viajar: 5Dar entrada em financiamento: 2Não sabe/não respondeu: 9
Fonte: XP Investimentos/Ipespe
Apenas 10% disseram que vão usar o dinheiro para comprar algum bem ou serviço, e 2% vão dar entrada em um financiamento. Outros 5% pretendem viajar, e 9% não sabem ou não responderam.
A pesquisa perguntou ainda se os trabalhadores pretendem aderir à nova regra de saques anuais do FGTS, o chamado saque-aniversário– que vai permitir retiradas a cada ano, mas vai impedir que, em caso de demissão sem justa causa, seja feito o saque integral da conta.
A maioria dos entrevistados (55%) pretende permanecer sob as regras atuais. Apenas 36% disseram que pretendem migrar para o saque-aniversário. Outros 10% não souberam ou não responderam.
A pesquisa ouviu mil pessoas em entrevistas telefônicas realizadas entre os dias 5 e 7 de agosto.