"O FGTS rende mais do que a poupança, mas é um instrumento financeiro diferente. Ele não deveria ser comparado com a poupança", diz Viriato.
Se o FGTS fosse um produto comercializado pela iniciativa privada, ele teria de oferecer um rendimento muito superior por ter um portfólio de perfil mais arriscado, explica Viriato. Boa parte dos recursos do fundo é destinada para investimento do setor imobiliário e de infraestrutura, o que sempre torna o risco de calote elevado.
No mercado financeiro, se um produto tem risco elevado, espera-se que a rentabilidade do produto seja maior. "(Aplicar no FGTS) Seria a mesma coisa se o investidor aplicasse num fundo de crédito arriscado", diz Viriato. "Os recursos do FGTS vão, normalmente, para créditos habitacionais de baixa renda e para operações de infraestrutura e saneamento."
Um produto de perfil similar ao portfólio do FGTS, segundo Viriato, costuma oferecer 12% ao ano.